segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Modelagem do Movimento de um Submarino com o Software Modellus 4.1.

Objetivos
Modelar o movimento de um submarino através da modelagem matemática com o software Modellus 4.1.
Verificar o comportamento das forças sobre o movimento de um submarino.
Revisão Bibliográfica
                O movimento de um corpo em um fluido é regido basicamente pela força resultante entre, verticalmente, peso do corpo e empuxo do fluido. Horizontalmente, o movimento é o resultado da força resultante entre propulsão e atrito hidrodinâmico.
                Segundo Halliday e Resnick, 2009, um fluido é uma substância que pode escoar, pois assumem a forma do recipiente em que são colocados. Eles se comportam dessa forma porque um fluido não pode resistir a uma força paralela à sua superfície.
Quando se trata de fluidos é conveniente utilizar as grandezas massa específica e pressão. 
Para determinar a massa específica de um fluido é necessário medir a massa (m) de um volume (V) de fluido. A massa específica é dada por (Equação 1):
                                                                               Equação 1
A pressão de um fluido é composta pela força (F) aplicada sobre uma área (A). A pressão pode ser definida como (Equação 2):
                                                                               Equação 2
A densidade do corpo é a razão entre sua massa (m) e volume (V) (Equação 3). Enquanto massa específica relaciona-se a substância, densidade relaciona-se a corpo.

                                                                              Equação 3
Como escrito anteriormente, o movimento vertical de um corpo no fluido é o resultado da força resultante entre peso e empuxo. O peso é definido pela Equação 4.
                                                                         Equação 4
O empuxo é uma força de baixo para cima resultado do peso do fluido deslocado. Também conhecido como o Princípio de Arquimedes. O empuxo só depende do peso do volume do fluido deslocado por um corpo imerso neste fluido. A Equação 5 mostra a equação da força do empuxo.
                                                              Equação 5
Quanto ao movimento horizontal, como descrito anteriormente, o movimento para frente ou para trás é o resultado da combinação de forças. A força resultante, juntamente com a massa, é responsável pela aceleração do corpo imerso no fluido.
Esse movimento poderá ser retilíneo uniforme, retilíneo uniformemente variado, ou uma composição de vários tipos de movimento de acordo com a manipulação das variáveis peso do corpo (submarino), força para frente e força para trás.
Para modelar o movimento do submarino de forma mais natural, sem incrementos instantâneos de força que levariam o mesmo a saltar na tela do computador, foram ultilizadas equações diferenciais que permitiram o incremento infinitesimal de força provocando variações infinitesimais na aceleração e consequentemente na velocidade. Dessa forma, é possível pilotar o submarino de forma suave e sem sobressaltos.
As Equações 6 e 7 mostram respectivamente as funções na forma diferencial, para velocidade e aceleração, no movimento variado, na direção horizontal.
                                                                               Equação 6
 
                                                                                Equação 7
  

A Equação 6 nada mais é do que a função vx = vo+ ax . t , no entanto, nesse formato, o submarino regido por essas equações não sofrerá grandes incrementos na sua posição (x) quando sofrer uma aceleração.
A Equação 8 descreve a aceleração horizontal ax em função da força resultante Fx sobre a massa do submarino.
                                                                                  Equação 8
As Equações 9 e 10 mostram respectivamente as funções na forma diferencial, para velocidade e aceleração, no movimento variado, na direção vertical.
                                                                              Equação 9
 
                                                                           Equação 10
A Equação 11 descreve a aceleração vertical a em função da força resultante Fr sobre a massa do submarino. Fr é a força resultante entre o peso do submarino e o empuxo sofrido pelo submarino.
                                                                           Equação 11
 
 
É importante ressaltar que para o controle do submarino, os operadores regulam a massa do mesmo injetando ou retirando água dos tanques de imersão.
Procedimentos
Para a modelagem matemática do submarino foi utilizado o software Modellus 4.1.
Etapas
1-                  O projeto começou com o desenho de fundo feito com o Paint. A imagem representa uma caverna submarina que serviu como labirinto de exploração com o submarino. 
 

 
2-                  Através do recurso “objetos”, foi inserida a imagem no software Modellus.
 
3-                  Foi inserido o modelo matemático, utilizando respectivamente as equações 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 4.

4-                  Foram definidos os valores em condições iniciais para as variáveis vx (4.00) e vy (-6.00).
 
5-                  Utilizando o recurso objetos, foi inserido uma partícula (submarino) com coordenada horizontal ligada a variável vx e coordenada vertical ligada a variável vy. 
 
 
6-                  Foi inserido um indicador de nível ligado a variável força do eixo x (Fx) com valor mínimo (-50.000) e valor máximo (63.400). Através desse controle foi possível acelerar e desacelerar o motor do submarino.

7-                  Para indicar a quantidade de força do motor foi inserido um vetor que teve como coordenada horizontal a variável Fx, ligado ao submarino. A escala foi reduzida a 0.002.
8-                  Foi inserido um indicador de nível ligado à variável massa, definindo o valor mínimo (15.000 kg) e máximo (25.000 kg). Através deste controle foi possível alterar a relação entre peso e empuxo fazendo com que o submarino imergisse ou emergisse.

9-                  Foi inserido um vetor indicando o peso do submarino. Foi definido somente a coordenada vertical P1 ao submarino. P1 foi definido como o peso do submarino orientado negativamente (P1= -P).
10-                  Para indicar a variação da velocidade no eixo y foi inserido um vetor que teve como coordenada vertical a variável Vy. O vetor esteve ligado ao submarino.

11-                   Utilizando o Paint foi desenhado um submarino pequeno. Utilizando o recurso ‘’objetos’’ do software, a imagem foi inserida e ligada à partícula submarino.
12-                  Para indicar o empuxo da água sobre o submarino, foi colocado um vetor com coordenada vertical indicando F, que seria a variável do empuxo. O vetor foi ligado ao submarino.
13-                  O submarino foi colocado em movimento, os indicadores de nível permitiram controlar o objeto fazendo com que fosse para frente, para trás, para cima ou para baixo. Pôde-se observar também, através dos vetores, as forças aplicadas sobre o submarino.

Considerações finais
                Ao término deste trabalho foi possível deslumbrar mais uma vez a importância da Matemática no estudo de fenômenos físicos. Em especial, a utilização de vetores e do cálculo diferencial foi decisivo no sucesso desta aplicação da teoria do empuxo.
                Foi possível desenvolver uma aplicação em que um estudante pode controlar um submarino de pesquisa através de uma caverna manipulando o peso do mesmo e acelerando-o para frente e para trás.
Referências bibliográficas
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos de Física. 8.ed. Rio de Janeiro: S.A, 2009
 

 
 

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