quarta-feira, 23 de julho de 2014

Movimento em um Plano Inclinado sem Atrito com Modellus 4.1

Objetivo

Modelar o movimento de um corpo durante seu deslocamento com velocidade uniforme em plano horizontal e seu movimento com velocidade uniformemente variada em plano inclinado com atrito.

Revisão Bibliográfica

          Segundo Ferraro e Soares, 1991, um plano inclinado forma um ângulo com a horizontal. Quando a rampa é considerada sem atrito um corpo está sujeito a força peso e a força normal. Sobre o corpo atuam as forças: peso P e a força normal Fn. É comum decompor o peso P em duas forças componentes:
·        Py: normal ao plano inclinado e equilibrada pela força normal Fn;
·         Px: paralela ao plano inclinado.
Estas componentes podem ser calculadas da seguinte forma, equações 1 e 2:


 








Fonte: Brasil Escola, 2014.

Observe que Px  é a resultante das forças P e Py. Desse modo, o Princípio Fundamental da Dinâmica fornece, segundo as equações 3, 4, 5 e 6: 




Portanto, a aceleração de um corpo que desliza num plano inclinado, sem atrito, sob a ação de seu peso e da força normal, tem módulo , independente de sua massa.
Segundo Ramalho, 1999, quando um móvel desloca-se por uma superfície com atrito está sujeito a uma força contrária, a força que o impele. Essa força de atrito Fat é diretamente proporcional ao coeficiente de atrito dinâmico Ud e a força normal Fn , percebe-se através da equação 7. 

Até o móvel entrar em movimento, a força de atrito tem o mesmo valor que a força feita para impulsionar o móvel. Nesse caso o coeficiente de atrito é chamado de coeficiente de atrito estático, Ue. Esse coeficiente é maior que o coeficiente de atrito dinâmico. Ele só existe até a iminência do movimento. Concluindo: é mais fácil manter um corpo em movimento do que pô-lo em movimento.
           

Procedimentos

            Para a modelagem foi utilizado o software Modellus 4.1.

Etapas


1-      Desenho de uma imagem utilizando o paint;


2-      Inserção da imagem no software Modellus;




3-      Definição do modelo matemático;



4-      Definição dos parâmetros necessários;



5-      Inserção de uma partícula para se movimentar. Definição das coordenadas verticais (y) e horizontais (x);
 



6-      Em objetos, inserir um vetor que se liga a partícula, definir coordenadas verticais (p) e horizontais (ph);



7-      Em objetos, inserir de um vetor que se liga a partícula, definir coordenadas verticais (pat) e horizontais (phat);



8-      Visualização do gráfico;



9-      Visualização da tabela
 


 
            10- Observação final do movimento.



Resultados obtidos

            Analisando o modelo pode-se perceber que a partícula se movimenta em uma base retilínea com velocidade uniforme. Quando inicia sua descida pelo plano inclinado a velocidade começa a aumentar constantemente. Devido ao valor da gravidade e da massa da partícula a componente x do peso varia de acordo com o ângulo do plano inclinado, determinando a aceleração que o móvel sofre durante o percurso. Para este caso o ângulo adotado foi de 22°.
            Foi possível modelar o sistema de forma que o movimento do objeto ficou restrito ao plano inclinado, ou seja, a primeira parte do estudo está completa. O próximo passo é montar um arranjo experimental em que uma esfera se deslocará por um plano inclinado com mesma inclinação do modelo. Pretende-se integrar o filme desse movimento real com o modelo.

Referências Bibliográficas

Plano Inclinado. Brasil Escola. Disponível em:http://www.brasilescola.com/fisica/plano-inclinado.htm.  Acesso em: 27 jun. 2014.
 
RAMALHO Júnior, F., FERRARO, N. G., SOARES, P. A. T. Os Fundamentos da Física. 7. Ed. São Paulo: Moderna, 1999.
 
FERRARO, N. G., SOARES, P. A. T. Aulas de Física. 17. Ed. São Paulo: Atual, 1991.